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A Pintura como Ato de Resistência

 

Duas Décadas de Arte Contemporânea – Museu Oscar Niemeyer, Curitiba PR, Brasil. 2013.

 

 

A pintura de André Rigatti configura um universo que por acaso pode se desentranhar camada por camada. À distância, suas superfícies texturizadas não permitem adivinhar mais que somente um, e grande, pigmento com ligeiras variações em um ou outro elemento de cor. Com a aproximação, o olho exercita a destreza para distinguir matizes sutis, formas sub-reptícias, insinuações da matéria. Em suporte tradicional e com meios tradicionais, Rigatti aposta na pintura como atitude, como afirmação estética e vital; como um ato de resistência à aluvião de imagens que impregnam e contaminam – dito isso sem fazer juízo de valor – o imaginário cotidiano dos indivíduos, especialmente nas grandes cidades. A memória contida em cada obra aparece encapsulada em sucessivas camadas de cor e se manifesta como território susceptível de ser explorado uma e outra vez. A total ausência de referente (nenhuma obra possui título) amplia a capacidade de “criar mundos” e intensifica as possibilidades de diálogo entre artista e espectador.

 

Adriana Almada. 2013

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Painting as an Act of Resistance

 

Two Decades of Contemporary Art - Museu Oscar Niemeyer, Curitiba PR, Brazil. 2013.

 

 

André Rigatti's painting sets up a universe that happens to be unraveling layer by layer. From a distance, its textured surfaces do not allow to guess more than just one, and large, pigment with slight variations in one or the other color element. With the approach, the eye exercises the dexterity to distinguish subtle hues, surreptitious forms, insinuations of matter. In traditional support and with traditional means, Rigatti bets on painting as an attitude, as an aesthetic and vital affirmation; as an act of resistance to the flood of images that impregnate and contaminate - said this without making any judgment of value - the daily imagination of individuals, especially in large cities. The memory contained in each work appears encapsulated in successive layers of color and manifests itself as a territory that can be explored over and over again. The total absence of referent (no work has a title) expands the capacity to “create worlds” and intensifies the possibilities for dialogue between artist and spectator.

 

Adriana Almada. 2013

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